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terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Eu queria ter bebido todo o vinho que derramei por engano.

Eu queria ter bebido todo o vinho que derramei por engano.
Queria ter achado uma janela pra olha-la passar.
“Eu vou embora, mesmo se você ficar.”
Era tudo difícil demais pra gente.
As ruas eram estreitas, os amores eram recortes de papeis.
Minhas ruas estão cheias de poesias borradas na parede.
Meus amigos estão catando moedas pra comprar mais uma cerveja, para garantir algumas horas da noite.
Eu embalava ao ritmo de becos sujos, e falava porcarias que todo mundo dava risadas.
Eu não bebia leite e muito menos chorava se ele derramasse por engano.
Se chora pelo vinho derramado, por poesias nas paredes e por noticias velhas.

Eu? Só pelo vinho mesmo.