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terça-feira, 13 de agosto de 2013

Mudanças.

Tanta gente que corre, tanta gente parada.
Adultos andam, se rastejam.
Crianças correm, pulam.

Recebi uma denuncia pela conversa fútil, tola.
Fiz uma denuncia sobre um sorriso falso, tolo.
“Como você é cara de pal.” – Ela me disse descendo as ladeiras, com vinho debaixo dos braços.
Depois disso eu falei rápido demais, escutei demais.
“Eu quero mudanças.” Tinha escrito nas paredes da cidade.
“Tenho medo de mudanças.” Escutei uma vez dizer.
Até onde eu vim, eu desejei tudo demais.

Eu quero aquela amizade, aquele amor, aquele corpo, aquela mente, aquela conversa.
Eu quero satisfação, eu quero devorar tudo  sem me sentir vazio.
Sem pensar no vazio.
Ela dizia ser responsável, mas eu queria só sua inocência.
Imaginei quebrando todos os seus relógios pendurados na parede, e disse que queria ser o dono de seu tempo.

Agora se deite e sonhe demais, durma demais.